terça-feira, fevereiro 23, 2010

uma cara de casa



Logo que me mudei para Porto Alegre, a casa que me acolheu foi a da minha amiga Juliana. Muito grato a ela sou por isso. Dias depois, com essa sorte que só o destino traz, acabei me mudando para viver com a Betina, que há tempos já estava pela capital fria do rio grande e se achava sozinha e pronta para dividir um apartamento. Cheguei e achei o lar um pouco sem vida. Como se ela estivesse aqui só de passagem mesmo, não havia mistérios ou recantos, a cozinha não exalava o cheiro característico das casas por onde já passei, aquele cheiro de reunião, alegria. Pessoas. Agora em março faz um ano que vim para cá, e a nossa casa tem tão cara de casa, com suas coisinhas desarrumada, quadros novos (e pendurados) na parede, caixas e mais caixas de chá na cozinha, um fogão (sim, logo que me mudei para cá, nem fogão tínhamos, apenas um impessoal microondas dava conta das refeições do lar), xícaras excedentes com diversos desenhos e cores, enfim, mais vida para o lar. Aquela coisa, de revistas no banheiro, sabonete para as visitas, etc. Tudo que, quando logo cheguei não tinha. Agora me sinto tão em casa como em qualquer outro lugar que já estive e descobri que o lar é onde nosso coração está. Ou melhor, ele está dentro do nosso coração, por isso temos essa estranha capacidade de carregá-lo para todos os lados. Enfim, feliz um ano de nova morada para mim, logo.

2 idéias:

Andréia Silva disse...

E casa tem que ter cara de case né. Que lindo esse teu escrito! hehe

Juliana Sehn disse...

E minha "nova" casa também está de portas abertas para você, viu...... Grande abraço