tag:blogger.com,1999:blog-73407881937936330882024-03-14T03:00:49.510-07:00Quer dizer vida...Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.comBlogger109125tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-83359439544706750232011-02-21T17:51:00.001-08:002011-02-21T17:52:35.052-08:00o ano começandoé, parece que março vem aí e, junto com ele, todos os compromissos do ano de uma vez só. faculdade, mestrado, mais e mais trabalho. vamos rezar para jesus ajudar e tudo dar certo. o tempo caber no dia a dia e o relógio andar mais devagar para darmos conta de todas as coisas.Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-35683901119826587122010-11-29T18:36:00.000-08:002010-11-29T18:38:34.537-08:00I've been dreamingEsses dias deixei uma pessoa sangrando e voltei para casa. Depois lembrei dessa musiquinha. Resolvi postar.<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/kg_5VAb_sAY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/kg_5VAb_sAY?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-11572882148661245712010-10-13T15:38:00.000-07:002010-10-13T15:46:05.386-07:00supernovaSupernovas são estrelas que explodem. Li isso nuns dias atrás e fiquei pensando nessas pessoas, que são estrelas e, de uma hora para outra, bum. Sobra nada. Entendo pouco de cosmologia (talvez entenda mais de cosmetologia do que de estrelas), mas achei o assunto deveras interessante. Enfim, fica a dica e a ideia de não explodirmos jamais. Bum.Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-83724767603803754442010-09-27T16:04:00.000-07:002010-09-27T16:06:46.879-07:00quem não gosta de romanceEntão, como eu ia dizendo, os beatles sabem das coisas e quem aproveita uma musiquinha bonitinha dessas que não sai da cabeça da gente, se dá bem.<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PeuSdfFeEyc?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/PeuSdfFeEyc?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Além deles, temos, claro, a versão graciosa da avó do rock brasileiro, Rita Lee:<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/qnkh7__PdJc?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/qnkh7__PdJc?fs=1&hl=pt_BR&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-56364420474205554682010-09-22T19:07:00.000-07:002010-09-22T19:12:32.644-07:00eu vou por aíSó para não dizer que abandonei meu blog e que sou uma pessoa que não tem mais sobre o que escrever. Até, pensando bem, escrever tem sido, cada vez mais, a coisa que mais faço no meu dia a dia. Gosto disso. De escrever e do meu dia a dia. Não sei se tenho muitas novidades para contar. Hum... mas deixa eu pensar... em alguma coisa interessante que li por aí... hum... deixah ver... ah, sim, li, não lembro muito bem onde (se bem que daqui um tempo as pessoas vão escrever uma tese de doutorado e colocar nas referências bibliográficas apenas uma fonte de consulta www.google.com), ia dizendo que li, em algum lugar, meu deus, como retenho pouco as informações, bem, li que os tibetanos desenvolveram uma mutação no gene para absorver mais oxigênio. Acho que o mesmo vai acontecer com a gente, nas cidades poluídas para começarmos a absorver o CO2. Observando.Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-69194208859655417022010-07-01T14:07:00.000-07:002010-07-01T14:15:34.404-07:00sobre o autocontrole<span style="font-family: trebuchet ms;">Essa semana li uma reportagem interessante na superinterssante(indicada pela Betina, beijo, Bê), sobre sucesso. A ciência do sucesso tem sido estudada a anos por diversos teóricos das mais diferentes áreas: administração, sociologia, psicanálise, e as conclusões ainda são incertas. A reportagem em questão traz uma fórmula para o sucesso - suspeita - mas uma fórmula. Créditos e verdades à parte, o mais interessante dessa notícia, para mim, foi a questão de elucidar um aspecto bastante importante (e característica dos vencedores): o autocontrole. Para diversos autores da área de desenvolvimento pessoal, a capacidade de autocontrole é, justamente, essa determinação incrustrada, é a intrepidez de não vacilar, de não tomar o atalho, de se dominar e não comer aquele pedaço maravilhoso de bolo de chocolate que vai fazer você engordar 200kg. Segundo a matéria, um estudo realizado com crianças nos anos 60 provou que as crianças que eram capazes de se controlar diante da tentação de comer um delicioso marshmallow tiveram vidas mais felizes no longo prazo. O acordo era: a criança que não comesse o marshmallow enquanto não tinha ninguém olhando na sala, elas receberiam um outro marshmallow. Ou seja era uma prova de fogo contra a capacidade da criança de protelar um prazer. O dito autocontrole. Abaixo, o vídeo para diversão:</span><br /><br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/wWW1vpz1ybo&hl=pt_BR&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/wWW1vpz1ybo&hl=pt_BR&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-23328660208336120672010-05-31T14:16:00.001-07:002010-05-31T14:18:35.408-07:00Copa do Mundo<span style="font-family: trebuchet ms;font-size:100%;" >Sei que não sou nenhum especialista em futebol. Tenho problemas seríssimos para entender a regra de impedimento e não sei nem dizer a escalação da seleção brasileira, vagos nomes é o que sei. De qualquer forma, a copa do mundo vem aí e nos arrasta para esse fanatismo patriótico que só nasce na copa. Pobre das eleições. De qualquer forma, a música desse ano está muito legal.</span><br /><br /><object width="500" height="405"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/EuWXMKVvz5A&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/EuWXMKVvz5A&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="405"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-12967006992324660762010-05-14T05:38:00.001-07:002010-05-14T06:26:57.387-07:00lá e de volta outra vez<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S-1PfzxKqgI/AAAAAAAAA9M/0JtSgfYoecI/s1600/japa.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S-1PfzxKqgI/AAAAAAAAA9M/0JtSgfYoecI/s400/japa.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5471116530215987714" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><span style="font-family:verdana;">Como diz minha amiga </span><a style="font-weight: bold; font-family: verdana;" href="http://lilianbilinski.wordpress.com/">Lee</a><span style="font-family:verdana;">, vou me fazer de galinha morta e voltar a escrever no blog como se nada estivesse acontecendo. Estive na europa e voltei pessoal. Sim, foi muito interessante. Muitas coisas e histórias para contar, que nem sei por onde começar e sei que ninguém gosta de ficar escutando embróglios sem fundamento de quem viajou. Viajar e viver experiências, no fim, é apenas importante - no último grau de importância, para quem, de fato, viajou. Para os outros, as coisas continuam a mesma, sombras passando pelas retinas fatigadas do dia a dia (com licença, Carlos).<br />Visitei cinco paises em 20 dias de viagem e 5 cidades. Londres, Paris, Amsterdam, Berlim e Roma.<br />Da cidade que mais gostei: Londres. Lá a coisa acontece, o mundo passa pelas esquinas todos os dias. Pessoas falam todas as línguas, trabalham, se divertem e passam frio numa das capitais mais cosmopolitas do mundo.<br />Da cidade que menos gostei: Paris. Achei a cidade luz meio apagadinha. Tudo cheira a mijo, o mau humor dos franceses é uma coisa sem precedentes e as coisas são os olhos da cara arrancados com as unhas.<br />Ademais, a Europa é o máximo. Um lugar que já atingiu o seu auge, daqui pra frente é lomba abaixo.<br />A próxima viagem: Machu Pitchu. Me aguarde.<br /></span></span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-74684867966311426852010-03-29T09:23:00.001-07:002010-03-29T09:23:49.977-07:00porto alegre<object width="500" height="405"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/S_MkpVWMBoM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/S_MkpVWMBoM&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="405"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-31763343540395962252010-03-24T19:07:00.000-07:002010-03-24T19:08:32.254-07:00O que é intercâmbio<span style="font-family: verdana; font-weight: bold;">Escrevi, tem um tempo, para o blog da empresa onde trabalho:</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">====================</span><br /><div style="font-family: verdana;" class="entry-content"> <div class="snap_preview"><p>Sabe aqueles personagens que aparecem em filmes? Nascidos no Canadá, com uma mãe asiática, um primo da Patagônia, que gosta de tocar violoncelo, dorme observando estrelas, já leu todas as histórias em quadrinho da Marvel e sonha em, um dia, conhecer o Butão. Bem, eles não são só personagens de filmes, existem na vida real e uma das melhores maneiras de conhecer alguém com uma história diferente da sua é se aventurando por universos desconhecidos, conhecer o mundo, outras culturas, outras realidades, desbravando o novo de peito aberto.</p> <p>Quem está na tenra idade, vê no intercâmbio a oportunidade perfeita para este tipo de experiência. E é. Mas intercâmbio é muito mais que isso. Além de conhecer um bocado de gente diferente, que, no seu dia-a-dia, nunca cruzaria o seu caminho, você vai experimentar coisas incríveis, olhar paisagens inesperadas e clássicas, quebrar paradigmas, vencer medos e enfrentar o melhor e o pior da vida a sós pelo mundo.</p> <p>Mas nunca esqueça! Mais importante que estar fissurado para conhecer a Torre Eiffel ou o Big Ben, você tem que estar disposto a se auto-conhecer. Disposição é o que faz um intercâmbio dar certo ou não. De costume, fazemos comparações entre o nosso jeito de viver e o alheio, achando que a nossa maneira é a mais correta e, claro, a melhor. Ouso dizer que quem fica só nessa, acaba se dando mal. O melhor mesmo é poder aproveitar o que os outros têm de bom, beber em diferentes culturas e ser na “na Grécia, como os gregos”, ou em qualquer outro lugar como eles, os outros. Tentar ao máximo viver como os nativos e descobrir que o mundo tem o tamanho que a gente dá para ele e que as fronteiras são apenas linhas imaginárias que nós, seres humanos, traçamos pelo chão. Essas, no fim das contas, são fáceis de cruzar, mas as verdadeiras fronteiras que precisamos vencer são aquelas que vão dentro de nós, independente de onde partimos.</p> <p>Então é isso! Mais que fazer um intercâmbio, você tem mesmo é que viver ele. E isso, seguramente, depende só de você, com a ajuda do seu amigo canadense que sonha, um dia, conhecer o Butão.</p> </div> </div>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-5084263850648287522010-02-23T18:31:00.000-08:002010-02-23T18:40:16.529-08:00uma cara de casa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S4SRaVYvYdI/AAAAAAAAA7I/qc78Vx_-io0/s1600-h/Figura1.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 400px; height: 201px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S4SRaVYvYdI/AAAAAAAAA7I/qc78Vx_-io0/s400/Figura1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5441634131373941202" border="0" /></a><br /><br />Logo que me mudei para Porto Alegre, a casa que me acolheu foi a da minha amiga Juliana. Muito grato a ela sou por isso. Dias depois, com essa sorte que só o destino traz, acabei me mudando para viver com a Betina, que há tempos já estava pela capital fria do rio grande e se achava sozinha e pronta para dividir um apartamento. Cheguei e achei o lar um pouco sem vida. Como se ela estivesse aqui só de passagem mesmo, não havia mistérios ou recantos, a cozinha não exalava o cheiro característico das casas por onde já passei, aquele cheiro de reunião, alegria. Pessoas. Agora em março faz um ano que vim para cá, e a nossa casa tem tão cara de casa, com suas coisinhas desarrumada, quadros novos (e pendurados) na parede, caixas e mais caixas de chá na cozinha, um fogão (sim, logo que me mudei para cá, nem fogão tínhamos, apenas um impessoal microondas dava conta das refeições do lar), xícaras excedentes com diversos desenhos e cores, enfim, mais vida para o lar. Aquela coisa, de revistas no banheiro, sabonete para as visitas, etc. Tudo que, quando logo cheguei não tinha. Agora me sinto tão em casa como em qualquer outro lugar que já estive e descobri que o lar é onde nosso coração está. Ou melhor, ele está dentro do nosso coração, por isso temos essa estranha capacidade de carregá-lo para todos os lados. Enfim, feliz um ano de nova morada para mim, logo.Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-1579990364336006312010-02-09T03:33:00.001-08:002010-02-09T03:42:50.423-08:00100 posts<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S3FKJA65scI/AAAAAAAAA6g/vCOt32wgSEU/s1600-h/100+anos.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 325px; height: 400px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/S3FKJA65scI/AAAAAAAAA6g/vCOt32wgSEU/s400/100+anos.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436207743939228098" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;">O último post, foi o de número 100. Engraçado esses números redondos. Adoramos eles. É uma coisa que veio dos americanos, eu acho, que são vidrados em recordes e superações, das pessoais às coletivas, eles contruiram muitas. Bem, dedico o posto então a todos aqueles que algum dia passaram por aqui. Segundo o analytics, são muitas vidas dando um olá ocasional ao meu blog e lendo as parcas linhas que escrevo. Gosto de escrever, é bem verdade. E gosto de ler. Talvez mais de ler do que de escrever. Mas gosto das duas coisas. Então, pessoal, obrigado pelo tempo que (não) passamos juntos nesse mundo de virtualidades. Espero que nossa relação, com o tempo se torne mais real.</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-21648758513350583492010-01-12T16:30:00.001-08:002010-01-12T16:33:30.564-08:00construir o que está por vir<span style="font-family: trebuchet ms;">Hoje terminei de ler o livro da Martha Medeiros, Doidas e Santas. A Martha é uma ótima escritora que, como ninguém absorve esse mundo nosso de cada dia e o gospe de maneira maestra em textos apertados, epifanias cotidianas e filosofias de almanaque. Essa é a parte boa da escritora, nos ajuda a digerir esse mundo pasteurizado e loco. Bem, de forte, ficam várias frases bem colocadas. Uma em especial me marcou muito nesses dias de pensamento de início de ano: "construir o que está por vir". É bonitinho e chega até a rimar, mas o profundo da frase vem depois da reflexão de que, de verdade, sim, amigo, amiga, é a gente que constrói esse porvir. Enfim, ficadica!</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-70776509657617926602009-12-28T05:54:00.000-08:002009-12-28T05:57:19.703-08:00última do ano, loco por 2010<span style="font-family: trebuchet ms;">Esse, sem sombra de dúvida, é o conto que mais gosto, então, quem quiser saber, segue abaixo. E de autoria de Isabel Allende, disparada a escritora que mais li na vida. Está no livro "contos de eva luna".... de chorar comendo ranho, esse</span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">===========================</span><br /><br /><span style="font-weight: bold; font-family: trebuchet ms;">Somos Feitos de Barro</span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Descobriram a cabeça da menina saindo do lodaçal, com os olhos abertos, chamando sem voz. Tinha um nome de primeira comunhão, Açucena. Naquele interminável cemitério, onde o cheiro dos mortos atraía os abutres mais afastados e onde o choro dos órfãos e os lamentos dos feridos enchiam o ar, aquela rapariga obstinada em viver tornou-se o símbolo da tragédia. As câmaras, de tanto transmitirem a visão insuportável da sua cabeça saindo do barro como uma cabaça negra, fizeram com que ninguém ficasse sem a conhecer nem nomear.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> E sempre que a víamos aparecer no ecrã, atrás dela estava Rolf Carlé, que conseguiu chegar ao lugar atraído pela notícia, sem suspeitar que ali iria encontrar um pedaço do seu passado, perdido trinta anos atrás.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Primeiro foi um soluço subterrâneo que fez mexer os campos de algodão, encrespando-se como uma onda de espuma. Os geólogos tinham instalado as suas máquinas de medir com semanas de antecedência e já sabiam que a montanha tinha acordado outra vez. Desde há muito que previam que o calor da erupção podia desprender os gelos eternos das ladeiras do vulcão, mas ninguém fez caso dessas advertências, porque soava a um conto de velhos. Os povos do vale continuaram a sua vida surdos aos queixumes da terra, até à noite dessa quarta-feira de Novembro fatal, quando um longo ruído anunciou o fim do mundo e as paredes de neve se desprenderam, rodando numa avalancha de barro, pedras e água que caiu sobre as aldeias, sepultando-as debaixo de metros insondáveis de vómito telúrico. Mal conseguiram sair da paralisia do primeiro espanto, os sobreviventes viram que as casas, as praças, as igrejas, as plantações brancas de algodão, os sombrios bosques de café e as pastagens dos touros de cobrição tinham desaparecido. Muito depois, quando chegaram os voluntários e os soldados para salvar os vivos e avaliar a dimensão do cataclismo, calcularam que debaixo do lodo havia mais de vinte mil seres humanos e um número impreciso de animais, apodrecendo num caldo viscoso.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Também tinham sido destruídos os bosques e os rios e à vista não havia senão um imenso deserto de barro. Quando de madrugada telefonaram do Canal, Rolf Carlé e eu estávamos juntos. </span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Saltei da cama tonta de sono e fui preparar café enquanto ele se vestia à pressa. Meteu os seus instrumentos de trabalho numa bolsa de lona verde que trazia sempre consigo, e despedimo-nos como tantas outras vezes. Não tive nenhum pressentimento. Fiquei na cozinha a beber o meu café e a planear as horas sem ele, certa de que estaria de volta no dia seguinte.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Foi dos primeiros a chegar, porque enquanto outros jornalistas se aproximavam das margens do pântano em jipes, em bicicletas, a pé, abrindo caminho cada um como melhor podia, ele contava com o helicóptero da televisão e pôde voar por cima da avalancha. Nos ecrãs apareciam as cenas captadas pela câmara do seu assistente, onde ele se via enterrado até aos joelhos, com um microfone na mão, no meio de um alvoroço de meninos perdidos, de mutilados, de cadáveres e ruínas. O relato chegou-nos através da sua voz tranquila. Durante anos tinha-o visto no noticiário, remexendo em batalhas e catástrofes, sem que nada o fizesse parar, com uma perseverança temerária e sempre me assombrou a sua atitude calma perante o perigo e o sofrimento, como se nada conseguisse abalar as suas forças nem desviar a sua curiosidade. O medo parecia não o tocar, mas ele confessara-me que não era um homem valente, nem nada que se parecesse. Julgo que a lente da máquina tinha um efeito estranho nele, como se o transportasse a outro tempo, do qual ele podia ver os acontecimentos sem participar realmente neles. Ao conhecê-lo melhor compreendi que essa distância fictícia mantinha-o a salvo das suas próprias emoções.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Rolf Carlé esteve junto de Açucena desde o princípio, filmou os voluntários que a descobriram e os primeiros que tentaram aproximar-se dela, a sua câmara focava com insistência a menina, a sua cara morena, os seus grandes olhos desolados, o emaranhado compacto do seu cabelo. Naquele sítio o lodo era denso e havia perigo de se enterrarem ao pisá-lo. Atiraram-lhe uma corda, que ela não quis agarrar, até que lhe gritaram que a apanhasse, então tirou uma mão e tentou mover-se, mas a seguir afundou-se ainda mais. Rolf tirou a bolsa e o resto do seu equipamento e avançou pelo pântano, comentando para o microfone do ajudante que fazia frio e já começava a pestilência dos cadáveres.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Como te chamas? - perguntou à rapariga, e ela respondeu com o seu nome de flor. - Não te mexas, Açucena - ordenou-lhe Rolf Carlé, continuou a falar-lhe sem pensar o que dizia, apenas para a distrair, enquanto se arrastava lentamente com barro até à cintura. O ar à sua volta parecia tão turvo como o lodo.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Por aquele lado não era possível aproximar-se, por isso recuou e foi dar uma volta por onde o terreno parecia mais firme. Quando por fim estava perto dela, pegou na corda e amarrou-lha debaixo dos braços para que a pudessem içar. Sorriu-lhe com aquele seu sorriso que lhe diminuía os olhos e faz voltar à infância, disse-lhe que tudo ia bem, já estava com ela e que, em seguida, a tirariam. Fez sinais aos outros para que a içassem, mas mal a corda se esticou a rapariga gritou. Tentaram de novo e apareceram os seus ombros e os braços, mas não puderam movê-la mais, estava atascada. Alguém sugeriu que talvez tivesse as pernas apertadas entre as ruínas da sua casa e ela disse que não eram só os escombros, também a prendiam os corpos dos irmãos, agarrados a ela.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não te preocupes, vamos tirar-te daqui - prometeu Rolf.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Apesar das falhas de transmissão, notei que a voz dele se calava e senti-me mais perto por isso. Ela olhou-o sem responder.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Nas primeiras horas Rolf Carlé esgotou os recursos do seu engenho para a salvar. Lutou com paus e cordas, mas cada esticão era um suplício intolerável para a prisioneira.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Lembrou-se de fazer uma alavanca com uns paus, mas isso não deu resultado e teve de abandonar também essa ideia. Conseguiu dois soldados que trabalharam com ele algum tempo, mas depois deixaram-no sozinho, porque muitas outras vítimas reclamavam ajuda. A rapariga não podia mover-se e mal conseguia respirar, mas não parecia desesperada, como se uma resignação ancestral lhe permitisse ler o destino. O jornalista, por seu lado, estava decidido a arrancá-la à morte. Levaram-lhe um pneu que ele colocou debaixo dos braços dela como um salva-vidas, depois atravessou uma tábua pelo buraco para se apoiar e alcançá-la melhor. Como era impossível remover os escombros às cegas, mergulhou um par de vezes para explorar aquele inferno, mas saiu exasperado, coberto de lodo, cuspindo pedras. Achou que necessitava de uma bomba para extrair a água e enviou alguém para a pedir pela rádio, mas voltaram com a mensagem de que não havia transporte e não podiam enviá-la antes da manhã seguinte.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não podemos esperar tanto! - reclamou Rolf Carlé, mas naquele salve-se quem puder ninguém lhe deu ouvidos. Teriam ainda de passar muitas horas mais antes que ele aceitasse que o tempo se esgotara e que a realidade tinha sofrido uma distorção irremediável.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Um médico militar aproximou-se para examinar a menina e afirmou que o seu coração funcionava bem e que se não arrefecesse podia resistir mais aquela noite.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Tem paciência, Açucena, amanhã vão trazer a bomba – disse Rolf Carlé, fazendo por a consolar.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não me deixes sozinha - pediu-lhe ela.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não, claro que não.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Levaram-lhe café e ele deu-o à rapariga, sorvo a sorvo. O líquido quente animou-a, começou a falar da sua pequena vida, da sua família e da escola, de como era aquele pedaço do mundo antes de rebentar o vulcão. Tinha treze anos e nunca saíra dos limites da sua aldeia. O jornalista empurrado por um optimismo prematuro, convenceu-se de que tudo terminaria bem, chegaria a bomba, extrairiam a água, tirariam os escombros e Açucena seria trasladada em helicóptero para um hospital, onde se actuaria com rapidez e onde ele poderia visitá-la e levar-lhe presentes. Pensou que já não tinha idade para bonecas e não soube do que ela gostaria, talvez de um vestido. Não percebo muito de mulheres, concluiu divertido, calculando que tivera muitas na sua vida, mas que nenhuma lhe ensinara esses pormenores. Para enganar as horas começou a contar-lhe as suas viagens e as suas aventuras de caçador de notícias, e quando se esgotaram as recordações deitou mão da imaginação para inventar qualquer coisa que pudesse distraí-la. Em alguns momentos ela dormitava, mas ele continuava a falar-lhe no escuro, para lhe demonstrar que não se tinha ido embora e para vencer a perseguição da incerteza. Foi uma longa noite.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> A muitas milhas dali, eu observava num ecrã Rolf Carlé e a rapariga. Não resisti a esperar em casa e fui até à Televisão Nacional, onde muitas vezes passei noites inteiras com ele editando programas. Assim, estive perto dele e pude ver o que ele viveu naqueles três dias definitivos. Fui ter com quanta gente importante existe na cidade, com os senadores da República, os generais das Forças Armadas, o embaixador norte-americano e o presidente da Companhia de Petróleos, pedindo-lhes uma bomba para extrair o barro, mas só obtive promessas vagas. Comecei a pedi-la com urgência pela rádio e televisão, a ver se alguém podia ajudar-nos. Entre as chamadas, corria ao centro de recepção para não perder as imagens do satélite, que chegavam a cada momento com novos pormenores da catástrofe. Enquanto os jornalistas seleccionavam as cenas de maior impacte para o noticiário, eu procurava aquelas em que aparecia o poço de Açucena. O ecrã reduzia o desastre a um só plano e acentuava a tremenda distância que me separava de Rolf Carlé, no entanto eu estava com ele, cada padecimento da menina doía-me como a ele, sentia a sua mesma frustração, a sua impotência. Ante a impossibilidade de comunicar com ele, veio-me à ideia o recurso fantástico de me concentrar para o alcançar com a força do pensamento e assim dar-lhe ânimo. Por momentos atordoava-me numa frenética e inútil actividade, de vez em quando o dó vergava-me e começava a chorar e outras vezes o cansaço vencia-me e julgava estar a olhar por um telescópio a luz de uma estrela morta há um milhão de anos.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> No primeiro noticiário da manhã vi aquele inferno, onde flutuavam cadáveres de homens e animais arrastados pelas águas de novos rios, formados numa só noite pela neve derretida. Do lodo sobressaíam as copas de algumas árvores e o campanário de uma igreja, onde várias pessoas tinham encontrado refúgio e esperavam com paciência as equipas de salvamento. Centenas de soldados e de voluntários da Defesa Civil tentaram remover escombros em busca dos sobreviventes, enquanto filas de espectros em farrapos esperavam a sua vez de uma malga de caldo. As cadeias de rádio informaram que os seus telefones estavam congestionados pelas chamadas de famílias que ofereciam albergue às crianças órfãs. Faltavam a água para beber, a gasolina e os alimentos. Os médicos, resignados a amputar membros sem anestesia, pediam soro, pelo menos, analgésicos e antibióticos, mas a maior parte dos caminhos estavam interrompidos e ainda por cima a burocracia atrasava tudo. Entretanto, o barro contaminado pelos cadáveres em decomposição ameaçava os vivos com a peste.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Açucena tremia apoiada ao pneu que a sustinha sobre a superfície. A imobilidade e a tensão tinham-na debilitado muito, mas mantinha-se consciente e ainda falava com voz perceptível quando lhe aproximaram um microfone. O tom de voz era humilde, como se estivesse pedindo perdão por causar tantas moléstias. Rolf Carlé tinha a barba crescida e olheiras, parecia esgotado. Mesmo a essa enorme distância pude perceber a qualidade desse cansaço, diferente de todas as fadigas anteriores da sua vida. Tinha esquecido por completo a câmara, já não podia olhar a menina através de uma lente. As imagens que nos chegavam não eram do seu assistente, mas de outros jornalistas que se tinham apoderado de Açucena atribuindo-lhe a patética responsabilidade de encarnar o horror do acontecido naquele lugar. Logo a partir do amanhecer, Rolf Carlé esforçou-se de novo para mover os obstáculos que retinham a rapariga naquela tumba, mas usava só as mãos, não se atrevia a utilizar uma ferramenta, porque podia feri-la. Deu a Açucena a chávena de papa de arroz e banana que o Exército distribuía, mas ela vomitou imediatamente. Acudiu um médico e comprovou que estava com febre, disse que não se podia fazer muito, os antibióticos estavam reservados para os casos de gangrena. Também se aproximou um sacerdote para a benzer e pendurar-lhe uma medalha da Virgem ao pescoço. à tarde começou a cair uma chuvinha suave, persistente.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - O céu está a chorar-murmurou Açucena e pôs-se a chorar também.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não te assustes - suplicou-lhe Rolf. - Tens de reservar as tuas forças e manter-te tranquila, tudo acabará bem, eu estou contigo e vou-te tirar daqui de qualquer maneira.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Voltaram os jornalistas para a fotografar e perguntar-lhe as mesmas coisas, que ela já nem conseguia responder. Entretanto, chegavam mais equipas de televisão e cinema, rolos de cabos, cintos, películas, vídeos, lentes de precisão, gravadores, consolas de som, luzes, reflectores, baterias e motores, caixas com provisões, electricistas, técnicos de som e operadores de câmara, que mandaram o rosto de Açucena para milhões de ecrãs em todo o mundo. E Rolf Carlé continuava a pedir a sua bomba. O desdobramento de recursos deu resultado e na Televisão Nacional começámos a receber imagens mais claras e sons mais nítidos, a distância pareceu encurtar-se subitamente e tive a sensação atroz de que Açucena e Rolf se encontravam a meu lado, separados de mim por um vidro irredutível. Pude seguir os acontecimentos de hora a hora, soube quanto o meu amigo fez para arrancar a menina à sua prisão e para a ajudar a suportar o seu calvário, ouvi fragmentos do que disseram e o resto pude adivinhá-lo, estive presente quando ela ensinou Rolf a rezar e quando ele a distraiu com os contos que eu lhe contei em mil e uma noites debaixo do mosquiteiro branco da nossa cama.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Ao cair a noite do segundo dia ele procurou fazê-la dormir com velhas canções da Áustria aprendidas com a sua mãe, mas ela estava para lá do sono. Passaram grande parte da noite a falar, os dois extenuados, esfomeados, sacudidos pelo frio. E então, pouco a pouco, caíram as firmes comportas que seguraram o passado de Rolf Carlé durante muitos anos, e a torrente de tudo quanto tinha ocultado nas camadas mais profundas e secretas da memória saiu por fim, arrastando na sua passagem os obstáculos que durante tanto tempo bloquearam a sua consciência.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Nem tudo pôde dizer a Açucena, ela talvez não soubesse que havia mundos mais para lá do mar, nem tempo anterior ao seu, era incapaz de imaginar a Europa na época da guerra, por isso não lhe contou a derrota, nem a tarde em que os Russos o levaram para o campo de concentração para enterrar os prisioneiros mortos de fome. Para quê explicar-lhe que os corpos nus, empilhados como um monte de paus, pareciam de loiça quebradiça? Como falar-lhe dos fornos e das forcas, àquela menina moribunda? Nem mencionou a noite em que viu a mãe nua, calçada com sapatos vermelhos de salto de agulha, chorando de humilhação. Muitas coisas calou, mas naquelas horas reviveu pela primeira vez tudo aquilo que a sua mente tinha tentado apagar. Açucena entregou-lhe o seu medo e assim, sem querer, obrigou Rolf a encontrar-se com o seu. Ali, junto daquele poço maldito, foi impossível para Rolf continuar a fugir de si mesmo e o terror visceral que marcou a sua infância assaltou-o de surpresa. Recuou até à idade de Açucena e mais atrás, e encontrou-se como ela apanhado num poço sem saída, enterrado em vida, a cabeça rente ao chão, viu junto à sua cara as botas e as pernas do pai, que tinha tirado o cinto e o agitava no ar com um silvo inesquecível de víbora furiosa. A dor invadiu-o, intacto e preciso, como sempre esteve escondida na sua mente. Voltou ao armário onde o pai o punha fechado à chave para o castigar por faltas imaginárias e ali esteve duas eternas horas com os olhos fechados para não ver a escuridão, os ouvidos tapados com as mãos para não ouvir os latidos do seu próprio coração, tremendo, encolhido como um animal. Na neblina das recordações encontrou a sua irmã Katharina, uma doce criança atrasada que passou a existência escondida com a esperança de que o pai esquecesse a desgraça do seu nascimento. Arrastou-se até ela debaixo da mesa da casa de jantar e ali ocultos por uma grande toalha branca, os dois meninos permaneceram abraçados, atentos aos passos e às vozes.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> O cheiro de Katharina chegou-lhe misturado com o do seu próprio suor, com os aromas da cozinha, alho, sopa, pão saído do forno e um fedor estranho de barro apodrecido. A mão da irmã na sua, a sua respiração assustada, o roçar do seu cabelo selvagem na sua face, a expressão cândida do seu olhar.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Katharina, Katharina... surgiu em frente de si flutuando como uma bandeira, envolta na toalha branca transformada em mortalha, e pôde por fim chorar a sua morte e a culpa de tê-la abandonado. Compreendeu então que as suas façanhas de jornalista, aquelas que tantos reconhecimentos e tanta fama lhe tinham dado, eram só uma tentativa de manter sob controlo o seu medo mais antigo, mediante a aldrabice de se refugiar atrás de uma lente para ver se assim a realidade lhe parecia mais tolerável. Enfrentava riscos desmesurados como exercício de coragem, treinando-se de dia para vencer os monstros que o atormentavam de noite. Mas tinha chegado o momento da verdade e já não pôde continuar a fugir ao seu passado. Ele era Açucena, estava enterrado no barro, o seu terror não era a emoção remota de uma infância quase esquecida, era uma garra na garganta. No sufoco do pranto apareceu-lhe a mãe, vestida de cinzento, com a sua carteira de pele de crocodilo apertada contra o regaço, tal como a vira pela última vez no cais, quando foi despedir-se ao navio em que ele embarcou para a América. Não vinha secar-lhe as lágrimas, mas dizer-lhe que pegasse numa pá, porque a guerra terminara e agora tinham de enterrar os mortos.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não chores. já não me dói nada, estou bem - disse-lhe Açucena ao amanhecer.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> - Não choro por ti, choro por mim, que me dói tudo – sorriu Rolf Carlé.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> No vale do cataclismo começou o terceiro dia com uma luz pálida entre nuvens carregadas. O Presidente da República fez-se transportar à zona e apareceu em traje de campanha para confirmar que era a pior desgraça do século. O país estava de luto, as nações irmãs tinham oferecido ajuda, ordenava-se o estado de sítio, as Forças Armadas seriam Inciementes, fuzilariam sem mais nada quem fosse surpreendido a roubar ou a cometer outras malfeitorias. Acrescentou que era impossível tirar todos os cadáveres nem dar conta dos milhares de desaparecidos, por isso se declarava todo o vale campo santo e os bispos viriam celebrar uma missa solene pelas almas das vítimas. Dirigiu-se às tendas do Exército, onde se amontoavam os que tinham sido salvos, para lhes dar o alívio de promessas incertas, e ao improvisado hospital, para dar uma palavra de ânimo aos médicos e enfermeiras, esgotados por tantas horas de penúria. Depois fez-se conduzir ao lugar onde estava Açucena, que então já era célebre, porque a sua imagem tinha dado volta ao planeta. Saudou-a com a lânguida mão de estadista e os microfones registaram a sua voz comovida e o acento paternal, quando lhe disse que o seu valor era um exemplo para a pátria.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Rolf Carlé interrompeu-o para lhe pedir uma bomba e ele assegurou-lhe que se ocuparia do assunto pessoalmente.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Consegui ver Rolf por uns instantes, de cócoras junto ao poço.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> No noticiário da tarde encontrava-se na mesma postura: e eu, olhando o ecrã como uma adivinha olha a sua bola de cristal, percebi que algo fundamental tinha mudado, nele, adivinhei que durante a noite se tinham desmoronado as suas defesas e se entregara à dor, vulnerável, finalmente. Aquela menina tocou a parte da sua alma a que ele próprio não tivera acesso e que nunca partilhara comigo. Rolf quis consolá-la e foi Açucena quem o consolou.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Dei-me conta do momento preciso em que Rolf deixou de lutar e se abandonou ao tormento de vigiar a agonia da rapariga. Eu estive com eles, três dias e duas noites, espiando-os do outro lado da vida. Encontrava-me ali quando ela lhe disse que nos seus treze anos nunca um rapaz tinha gostado dela e que era pena ir-se embora deste mundo sem conhecer o amor, e ele assegurou-lhe que a amava mais do que poderia amar alguém, mais que à sua mãe e à sua irmã, mais que a todas as mulheres que tinham dormido nos seus braços, mais que a mim, sua companheira, e que daria qualquer coisa para estar apanhado naquele poço em seu lugar, que trocaria a sua vida pela dela, e vi como se inclinou sobre a sua pobre cabeça e a beijou na testa, vencido por um sentimento doce e triste que não sabia nomear. Senti como nesse instante se salvaram ambos do desespero, se desprenderam do lodo, se elevaram por cima dos abutres e dos helicópteros e voaram juntos sobre aquele vasto pântano de podridão e lamentos. E, finalmente, puderam aceitar a morte. Rolf Carlé rezou em silêncio para que ela morresse depressa, porque já não era possível suportar tanta dor.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Então eu já tinha conseguido uma bomba e estava em contacto com um general disposto a enviá-la na madrugada do dia seguinte num avião militar. Mas ao anoitecer daquele terceiro dia, debaixo das implacáveis lâmpadas de quartzo e das lentes de cem máquinas, Açucena rendeu-se, os seus olhos perdidos nos daquele amigo que a tinha ajudado até ao fim. Rolf Carlé tirou-lhe o salva-vidas, fechou-lhe as pálpebras, segurou-a apertada contra o seu peito por uns minutos e depois soltou-a.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Ela afundou-se lentamente, uma flor no barro.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> Estás de volta junto de mim, mas já não és o mesmo homem. Vou contigo muitas vezes ao Canal e vemos de novo os vídeos de Açucena, tu os estudas com atenção, procurando algo que pudesses ter feito para a salvar e não te ocorreu a tempo. Ou talvez os examines para te veres como num espelho, a nu. As tuas câmaras estão abandonadas num armário, não escreves nem cantas, ficas durante horas sentado em frente da janela olhando as montanhas. A teu lado, eu espero que completes a viagem até ao interior de ti mesmo e te cures das velhas feridas. Sei que quando regressares dos teus pesadelos caminharemos outra vez de mão dada, como dantes.</span><br /><span style="font-family: trebuchet ms;"> </span><span style="font-style: italic; font-family: trebuchet ms;">Isabel Allende</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-64126400512824335272009-12-06T15:55:00.000-08:002009-12-06T16:04:42.294-08:00nada como um novo projeto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.gestaodinamica.net/"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 306px; height: 137px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/SxxGccdt8mI/AAAAAAAAA6U/I-lWKb11voE/s400/Graphic1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5412278306683613794" border="0" /></a><span style="font-family:verdana;">Nada como um novo projeto para fazer a gente cravar a bunda na cadeira e produzir. Pois bem, fui convidado para participar de um blog, como colunista. O resultado você vai poder conferir ao longo do tempo no <span style="font-size:130%;"><a style="font-weight: bold;" href="http://www.gestaodinamica.net/">Gestão Dinâmica</a></span>, um blog sobre gestão de pessoas e temas relacionados à área. Para quem se interessa, é uma ótima leitura.</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-84252706874040938722009-11-22T18:10:00.000-08:002009-11-22T18:12:02.963-08:00viajando por aí<span style="font-family: verdana;">Ando viajando bastnate. Mais para trabalho e sem muito aproveitar dos lugares. Gosto de viajar, me encanta passar umas horas dentro de um ônibus ou avião e parar em outro lugar, com gente diferente, possibilidades infinitas. Isso é muito bom!</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-35245725098600923042009-10-17T09:06:00.000-07:002009-10-17T09:19:12.125-07:00Petrobrás é a 5ª Maior do mundo<span style="font-size:100%;"><span style="font-family:verdana;">Que o brasil é um país grande, isso todos sabem. Fiquei surpreso quando li que a Petrobrás se transformou, nessa semana, na 5º maior empresa do mundo, com valor de mercado aproximado de 208 bilhões de dólares. Isso significa que só essa empresa Brasileira vale mais que o PIB de diversos países latino americanos, confere comigo?</span></span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/StnuSZuCq4I/AAAAAAAAA5U/AdSSXM8Z1tU/s1600-h/pib.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 329px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/StnuSZuCq4I/AAAAAAAAA5U/AdSSXM8Z1tU/s400/pib.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393604028661934978" border="0" /></a>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-18923244985805965092009-10-17T08:38:00.000-07:002009-10-17T08:40:25.472-07:00mais uma do maquiavel<span style="font-family: trebuchet ms;">Lembro da, Tati que quando leu o título de O Príncipe, pensou que se tratasse de um livro de maquiagem, afinal de contas o nome do autor era maquiável... Enfim... Reli uma frase dele que serve para quem gosta dele (ou não).</span><br /><br /><span style="color: rgb(255, 153, 0);font-size:180%;" ><span style="font-family: trebuchet ms; font-weight: bold;">Faça o bem aos poucos e o mal de uma vez só.</span></span><br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms;">Boa, Maquiavel, não é a toa que tu entendia tudo de makeup!</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-45536321611714483072009-10-11T23:05:00.001-07:002009-10-11T23:09:39.008-07:00uma frase da entrevista<span style="font-family: verdana;">Frase legal da entrevista da Marilia Gabriela. A jornalista sempre pede para o entrevistado dar a sua frase, ordem do dia ou o que estiver ventando pela cabeça. Noutro dia, num programa desses, não me pergunte quem falou essa frase que achei tocante e ficou indo e vindo na minha cabeça durante o banho.</span><br /><span style="font-family: verdana;font-size:180%;" ><br /><span style="font-weight: bold;">"A vida é aquilo que acontece enquanto planejamos".</span></span><br /><br /><br /><span style="font-family: verdana;">Ok talvez não seja bem assim, e nem bem assado. Mas dá para pensar um pouquinho e fazer com que tenhamos mais ação diante das coisas. Fica essa pontinha aguda de questionamento infiada debaixo da unha.</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-28203034563960485632009-10-11T22:56:00.000-07:002009-10-11T23:02:32.072-07:00o pão nosso de cada dia<span style="font-family: verdana;">Estou numa onda natureba, eliminando calorias e simplificando a vida, que para complicar é fácil e como o que nos fascina é o difícil, here we go. Bem, fui no mercado comprar uma farinha para fazer pão em casa - sim, meninas, sou muito prendado - tudo bem, achei a farinha tudo (um kg que deu para fazer pão que vai durar até o natal, diga-se de passagem), mas um fato que constatei foi que o corredor das farinhas encolheu, ou eu que cresci demais. Lembro que na minha infância, nos idos do mercado Real em Santa Maria, a sessão de farinhas era enorme, assim como a de feijão e de arroz. Pois sim, no mercado que compro - a sete minutos de distância aqui de casa - na prateleira de farinhas encontrei só pacotes de um kg. Isso é um reflexo do estilo de vida moderno. As pessoas não fazem mais seu próprio pão e, quando fazem, a escala é muito menor, uma vez que as famílias tem diminuido paulatinamente. Ou seja, pacotes de 5 kg de farinha, no more, babe. Fiquei matutando essa idéia. Interessante isso, gostaria que as pessoas fizessem mais sua própria comida e fossem mais criativas ao invés de assumir enlatados e coisas prontas toda hora. Tudo bem, não temos tempo. Mas enquanto não temos tempo para isso, muitas outras coisas acontecem em nossa vida para encurtá-la. Como perder horas discutindo e escrevendo na internet. O pão nosso de cada dia é cada vez menos nosso e mais dos outros. Viva a padaria alheia.</span> By the way, meu pão ficou ótimo.Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-35124848837368148692009-09-28T07:41:00.000-07:002009-09-28T07:42:16.467-07:00entrevista sobre liderança - marcel telles<object width="340" height="285"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/MvxxYuNwUzA&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/MvxxYuNwUzA&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="340" height="285"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-35164677834854975622009-09-26T08:22:00.001-07:002009-09-26T08:26:27.804-07:00to chocado<span style="font-family:verdana;">Estava lendo matéria sobre brasileiros no exterior em números e fiquei chocado com a quantidade de brasileiros vivendo no paraguais. 487.417. Assim. Claro, esse número pode ser maior ou menor, mas a</span><span style="font-family:verdana;"> estimativa é espantosa. Para mim, o paraguai nem</span><span style="font-family:verdana;"> existia e - juro - não conheço nenhum brasileiro que more por lá</span><span style="font-family:verdana;"> ou que tenha vivido lá. Por Deus. Confira a matéria na íntegra clicando </span><a style="font-weight: bold; font-family: verdana;" href="http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1220519-5602,00-COMUNIDADE+BRASILEIRA+NO+EXTERIOR+TEM+MAIS+DE+MILHOES+DE+PESSOAS.html">aqui</a><span style="font-family:verdana;">.</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/Sr4yZP4p4GI/AAAAAAAAA5M/V23aQsG10aw/s1600-h/brasil-paraguai.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 242px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_g0XSSdpV3Ig/Sr4yZP4p4GI/AAAAAAAAA5M/V23aQsG10aw/s400/brasil-paraguai.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5385797613723967586" border="0" /></a>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-56286859598446791512009-09-25T14:59:00.000-07:002009-09-25T15:00:55.249-07:00sobre o novo visto para o reino unido<span style="font-family: verdana;">Um vídeo bem legal desenvolvido pelo British Council sobre as novas regras de visto para o Reino Unido, UK.</span><br /><br /><object width="480" height="295"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9-uCPQLV6TQ&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/9-uCPQLV6TQ&hl=pt-br&fs=1&color1=0xe1600f&color2=0xfebd01" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="295"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-24269772523662392182009-09-25T14:55:00.000-07:002009-09-25T14:56:47.726-07:00a náusea<span style="font-family: verdana;">Sartre escreveu esse livro odioso lá pelos idos de sabe-se-lá-deus-quando!! E tem vezes que a gente sente mesmo essa droga. Hoje tô assim e me pergunto porque. Acho que tenho que reler o livro para entender o sentimento. A náuse não é bem ânsia nem vontade, nem nada disso tudo.</span>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7340788193793633088.post-41583384803706502662009-08-23T21:55:00.001-07:002009-08-23T21:55:27.537-07:00carnaval<object width="320" height="265"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/T2gJAg0ertY&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/T2gJAg0ertY&hl=pt-br&fs=1&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="320" height="265"></embed></object>Marcelo Cordeirohttp://www.blogger.com/profile/12269479616753756515noreply@blogger.com1