domingo, março 23, 2008

Criando a (r)evolução

Essas últimas semanas têm sido de grande crescimento pra mim. É espantoso pensar como a vida pode ser tão facetada e múltipla. Quando se acha que já se aprendeu bastante, que já se viu muito, que já se sabe algo das coisas, surgem inúmeros desafios que nos fazem ver que estamos aqui, definitivamente, para aprender e crescer com esse aprendizado. Nos últimos dias tenho sido bastante desafiado com meu novo trabalho (estou trabalhando agora numa agência de intercâmbio que está abrindo escritório aqui, em Santa Maria, interessados: www.egali.com.br ). Tem sido muito legal, todos os dias, e desafiante também. Estudamos, nos preparamos para tudo e enfrentamos os desafios diversas vezes, mas toda a vez o desafio é novo e nos renova. Isso é aprender; e aprender é viver.
Encontrar pessoas que nos ajudam nesse caminho não é uma tarefa difícil, porque muitas pessoas já têm a consciência de que estão nessa vida para ajudar umas as outras e assim vão vivendo. Agora quando encontramos aquela criatura que não está nem aí para nosso problema, o bicho costuma pegar. Mas é aprendizado, também. De saber manejar, de usar a língua e a comunicação para mudar situações e virar a mesa. Quem consegue fazer seu trabalho com esse jogo de cintura, tem do seu lado a competência de gerir conflitos e isso vem sendo valorizado cada vez mais no mundo da gestão.
Hegel, filósofo alemão, dizia que as sociedades só evoluíam por meio do conflito. Os interesses diversos levavam a tensões que criavam guerras, discórdias e toda sorte de disputas entre poderes diferentes. Não há hegemonia nesse campo, no entanto existe a peculiaridade do conflito para resolver questões e elevar o nível de conhecimento e desenvolvimento a patamares diferentes. Hegel categorizou isso em três conceitos: tese, antítese e síntese. A primeira é uma das partes, a segunda é quem contraria a primeira e a terceira é o resultado da briga. Depois disso a síntese passa a ser tese e o círculo nunca acaba. Evolution, people.Gosto dessa idéia, o conflito desacomoda e muda as coisas. Precisamos sempre de uma pulga atrás da orelha par anos sentirmos vivos, de verdade. O recado que deixo hoje: conflitue, é o melhor caminho para o crescimento, em todos os campos da vida.

domingo, março 09, 2008

Ciclos de vida

É, já dizia o cara da poupança Banmerindos: o tempo passa, o tempo voa. Hoje completo mais um ano de vida e me sinto na responsabilidade de me comemorar junto com vocês nesse meu-ano-novo que se inicia. Bem vindo ao reveillon do Marcelo Cordeiro.
Viver é crescer, se desenvolver. Aprender, basicamente. Nascemos carecas, pelados e desdentados, o que vem depois é lucro, como diz um amigo meu. Se bem que no meu caso acho que estou regredindo, porque já estou bem careca, mesmo. De qualquer forma, interessa dizer que fazer aniversário é um momento feliz e triste, uma hora para olharmos para trás e para todos os lados de nossas vidas e corrigir o curso, reacertar o passo e aprender a ser uma pessoa melhor. Claro, devemos fazer isso todos os dias, mas aniversário é uma data mais importante. Uma data que, verdadeiramente, merece ser vivenciada de uma forma mais reflexiva e ativa. Estou tentando fazer isso. Reacertar o curso e ser melhor, aprender com minha história e fazer dela realmente grande e valiosa. Deixar um legado.
Sei que não é um trabalho para uma data, mas para uma vida. Todos queremos deixar nossa marca no mundo, mesmo sabendo que depois que nos formos nossa passagem por ele vai significar muito pouco. Mas o esforço vale e viver é isso: caminhar para uma impressinante incerteza que só recebe significado quando acaba.
Muito obrigado pelos parabéns, pela companhia, por tudo. Um grande abraço a todos.

domingo, março 02, 2008

Mudando de assunto

Muitas leituras depois a gente aprende a absorver de um livro o que realmente ele quer dizer. Nem sempre um autor quer dizer ou diz de verdade o que está na orelha do livro. É preciso muito mais do que a leitura-fria para descobrir o que o livro estava gritando, ou o que estava falando tão sussurrado que só depois de prestar muita atenção você conseguiu absorver. Acontece a toda hora. Depois de algum tempo é que a gente entende a piada ou faz da saudade uma lente para entender melhor um momento específico.

Ok, todo esse embróglio é pra dizer que essa semana entendi melhor o que um autor muito conhecido do campo da gestão pessoal fala sobre mudanças. Stephen Covey, é contigo, meu velho. No último livro que li dele, O 8º Hábito, Covey fala de três coisas imutáveis na vida de todo mundo: as escolhas, os princípios e a mudança. Bate aqui, querido. To contigo e não abro.

Se pararmos para pensar durante alguns segundos vamos entender que essas três categorias formam, de uma maneira misteriosa, o andar da vida. As escolhas são auto-explicativas, elas nos determinam. O momento da rua que escolhemos atravessar, pode determinar nosso futuro de maneira radical. E se um carro estivesse vindo? Pois bem, se podemos escolher ( amém ao livre arbítrio, o primeiro dom de Deus), devemos conviver com nossas escolhas de forma sadia. Escolher é aprender a viver. Elas são mais acertadas ou não se estiverem guiadas pela segunda categoria: os princípios.

Mouros, pardos, índios, brancos e negros: independente de tudo, todos nós temos na nossa raiz de vida princípios que nos guiam. São como mapas que nos dizem se o território onde pisamos são os mais certos ou os mais errados. Se conseguirmos viver de acordo com eles, seremos mais felizes. Talvez mais pobres, mas mais felizes. É importante no mundo dos negócios e na vida pessoal ter princípios firmes que nos guiem em nossas escolhas, sem corromper nosso ser, nosso âmago.

Até aí, tudo bem. Escolhemos, nos guiamos por princípios, ok. Já tenho o manual para ser adulto. Não fosse a mudança, nossa vida seria um verdadeiro marasmo, convenhamos. Mudança é essa incerteza do lado de fora e do lado de dentro que está sempre nos impulsionando para buscar algo que não está aqui ou que está mas que queremos de forma diferente. É ela que sopra sobre nossa vida toda vez que achamos que está tudo bem. É ela que vem e nos diz que essa caminho não pode mais e que agora há outro que deve ser trilhado com o mesmo afinco. Pois é, são as mudanças.

Quem consegue conviver melhor com isso, cresce e aprende mais rápido, se desenvolve e descobre quem realmente é, nessa vida louca, viiiidaaaa.

Pense nisso, é enriquecedor.