terça-feira, fevereiro 24, 2009
Séries
Há muito tempo quero escrever sobre as séries que eu acompanho. Sou meio viciado nesse negócio. Sempre que começo uma série, enlouqueço e tenho que olhar todos os episódios. Assim foi com Lost, Heroes, The Sarah Connor Cronicles, Supernatural e outros mais. Acho as séries um negócio muito legal. Além de ajudarem na questão do ouvido, para aprender inglês, são um negócio ótimo para que possamos aprender coisas de maneira geral. Até mesmo humor. Quem não gosta das piadas de Friends ou Sex and City, que atire a primeira pedra, ou vá direto para o inferno, porque ninguém merece conviver com uma pessoa mal-humorada, que não entende uma boa tirada.
Bem, das séries que tenho acompanhado, a que mais gosto é, na verdade, Supernatural. Adoro a história dos Winchester boys em na caça de vampiros, lobisomens e outras coisas do gênero. Interessantíssimo, com o exagero do termo. Uma coisa é certa, em se falar de séries, elas talham a nossa paciência. Brasileiro é imediatista em relação a tramas televisivas. A prova disso é que as novelas passam de segunda a sábado, com um episódio novo a cada dia. Resultado: tramas sempre iguais, pois não há criatividade que resista a tanta produção. Já as séries não, temos um capítulo por semana e um ano de série tem, quando não há nenhuma parada, 22 episódios, extremamente pensados para deixar qualquer um louco. Isso é o mais bacana de tudo.
Eu sou completamente suscetível a essa metologia utilizada para prender o expectador. Fico me retorcendo e contando os dias passarem para ver os novos episódios. Talvez a série que tenha produzido mais fanáticos nos últimos tempos foi lost. E we are back. A história de retorno a ilha reiniciou já tem algumas semanas. A trama, infelizmente, se perdeu, com a morte de personagens que deixaram saudade e o embróglio que está se tornando toda a história dos "the others" e da iniciativa Dharma.
Outra série que perdeu seus créditos comigo foi Heroes. Criada, inicialmente, para combater o sucesso de Lost, a série caiu num relativismo absurdo ao ressuscitar, a cada episódio, um novo personagem que tinham acabado de matar. Ninguém merece, brincar com nossa inteligência. Não gosto mais. Enfim, recomendo para todos e todas que gostam de coisas inteligentes para passar o tempo, escolher uma meia dúzia de séries para acompanhar. Além de ser uma pessoa mais inteligente, é batata que quando faltar assunto em uma roda de cerveja, basta você dizer: você viu o que aconteceu no último episódio de... Alguém mais sempre acompanha a mesma série que você. Abaixo, sites onde podem-se baixar séries.
Eu recomendo esses dois, mas, para os mais garimpeiros, basta ir no orkut e procurar, há thousands of para baixar.
Brazil Séries
Séries BR
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
You give a little love...
Esse eu acho show... Take a look, que vale a pena!!!!
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Reforma trabalhista
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
As coisas de não saudade do seu país
Lendo pela internet a fora, encontrei essa matéria da veja de 2004. Faz tempo, mas pelo que percebi as coisas não mudaram tanto nos últimos anos. Bem, o trabalho em questão trata de um estudo feito pelo banco mundial com 133 países sobre a chamada microeconomia, ou economia real - aquela que afeta, diretamente, a vida das pessoas, oferecendo-lhes emprego, salários, etc. O Brasil é um país que tem feito a lição de casa nos últimos anos em relação a sua política econômica, fazendo que, com a crise que o mundo atrassa, atualmente, nós possamos nos colocar em uma situação um pouco mais confortável. Bem pouco, para sermos verdadeiros. O problema - e aqui meus amigos advogados e contadores hão de concordar comigo - está justamente na dinâmica da economia. Na máfia do carimbo que todo o ser-humano-brasileiro tem que enfrentar quando decide abrir uma empresa.
Segundo o estudo, o Brasil é um dos piores países para se abrir uma empresa. É um via-crucis de departamentos e lugares que o pobre empreendedor tem que visitar, um cem-número de alvarás, petições e licenças que fazem Max Weber se revirar no caixão, só de ver a que ponto chegou sua teoria da burocracia. Isso é, realmente, muito tristes. Em países como a Nova Zelândia, se consegue abrir uma empresa em apenas 2 dias. A cultura brasileira tem um vício congênito do legalismo, herdado de nossos colonizadores portugueses.
Bem, se para abrir a empresa é esse massacre, nem queiram saber como é para fechá-la. Segundo o estudo, o Brasil é o segundo pior pais para isso, só perde para a Índia, onde é até entendível, uma vez que para os indus a vida é eterna e vamos renascer indefinidamente, então, para quê pressa? O fato é que, no Brasil, o empresário falido leva em torno de 10 anos para se livrar do seu negócio. Nos países onde isso é mais rápido, o processo leva um par de meses.
Outro entrave para o nosso desenvolvimento são as leis trabalhistas. Contratar, no Brasil, é quase visto como um crime pela legislação. São diversos os números de órgãos para os quais a empresa tem que prestar contas. Milhares são, também, os direitos dos trabalhadores, superprotegidos. Com a arma na cabeça, qualquer empresário pensa 10 vezes antes de fazer uma contratação. Isso é explicado por uma legislação retrógrada, que já leva mais de cinquenta anos, que leva em seu seio a idéia da luta de classe e de que a relação de trabalho é uma relação de sofrimento.
Resultado: continuamos atrasadíssimos, enquanto outros países, que fizeram mudanças estruturais necessárias, voam de braços abertos ao desenvolvimento. Eu espero que meus colegas administradores e empreendedores discutam mais esse tema, para que as mudanças que são necessárias, aconteçam.
Tsunamis
Na última semana fui a uma praia que fica a poucos km de distância de Concepcion e ela tem uma característica bastante peculiar a algumas regiões do Chile. O país, como se sabe é emparedado a leste pelas cordilheiras dos Andes. O que pouca gente sabe é que também á uma “pequena” cadeia de montanha também mais perto da costa, chamada de cordilheira da costa, ou pré-cordilheira. Muitas cidades foram fundadas nessa cordilheira, pois se derrama sobre o oceano pacífico e, na falta de um lugar mais propício, foram se construindo as casinhas sobre os morros. Mas ficou bem bonito, no fim das contas, Valparaíso e Viña Del Mar são exemplos dessas charmosas cidades. Bem o negócio é que quero contar que nessa praia vi e, depois, passei a prestar atenção e encontrei em muitos lugares, placas com avisos de direções para evacuação de Tsunami. Há essas plaquinhas, dizendo, corre, loco, se tu ver alguma coisa se mexendo estranhamente no mar, saia correndo para a serra. E o assunto é sério, uma vez que um Tsunami já destruiu a cidade de Concepción, há muito tempo atrás. Bem, tsunamis não acontecem a cada quinze dias, mas o seguro morreu de velho, então é melhor prevenir do que remediar.
sábado, fevereiro 14, 2009
O tempero do Chile
Para quem desconhece, Cominho
Sempre fui muito ligado aos gostos. Como dizem os entendidos de comida, o sal salga, o que dá gosto são os condimentos, temperos e a mão do cozinheiro. A vida também é feita desses sabores, desses gostos, que no dia a dia nós encontramos por aí. Gosto de coisas gostosas. Com sabores diferentes, raros. Não gosto da mesmice, do dia a dia. O cotidiano das coisas me aborrece e, por isso mesmo, tento sempre coisas novas. Novos sabores. Para os que me conhecem, sabem que adoro me aventurar pela cozinha. Fazer um risoto novo, uma comidinha gostosa, um assado diferente (ah, um assado). Mas tudo em grandíssima quantidade e com um tempero muito bom.
Nesse sentido, sou muito parecido com minha amiga Deka, que adora experimentar, provar e criar coisas novas. Lembro de nossas aventuras gastronômicas pela cidade de Santa Maria. Diferente do Beto, que gosta de comer bem e sempre nos mesmos lugares, a Deka ajudava a descobrir lugares novos, sabores novos e tudo mais. Até mesmo houve uma época quando andávamos de carro e com a Magda a tiracolo, tínhamos uma listinha de lugares onde se podia comer algo bom (tu lembra Deka?), então ficamos ali, início da noite, com a cadernetinha de lugares na mão, tentando ler na escuridão do carro. Lugar escolhido, era partir para o desespero. Pernil com abacaxi. Um peito-de-frango-com-bacon. Uma batata com catupiri. Um miau. Um Kibe. Hum... A minha sorte é que eu tenho uma digestão ótima (muito diferente do pobre do Alexandre). Enfim, falar de temperos é falar dessas coisas da vida, do que cada um carrega de mais saboroso: o humor, o carisma, a sensibilidade. Isso tudo, remexido e misturado tem um gosto ótimo. Recomendo servir quente.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Motivar para vender
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Pucon - A cidade mais bonita do chile
Dos lugares que conheci no Chile, até agora, Pucon, sem dúvida, foi a que mais me impressionou. Sem falar do vulcão - que é lindo, está ativo e coberto de uma espessa camada de neves eternas - a cidade tem uma vibe animal, cheia de estrangeiros andando pela rua. Gente bonita e bronzeada, balançando suas cadeiras em direção ao Lago Villarrica, com um óculos de sol que parece que tiraram a tapa da cara da Mariah Carey. Muito lindo. Gostei muito, porque é daqueles lugares onde se escuta de todas as línguas na rua, gente falando português, outros te perguntando coisas em inglês. Enfim, um ambiente maravilhoso.
A paisagem é uma coisa que não tem no Brasil, por isso mesmo vai ver eu gostei tanto. Amei até mesmo o lago, eu que não sei nadar. O vulcão é lindo, o céu é azul, os passarinhos cantam e de qualquer lugar se tira fotos de cartão postal, muito diferente da grande maioria das outras cidades pelas quais passei no caminho. Antes de ir para lá, passei por Valdívia, que é uma cidade grande e famosa ao sul do Chile. Não vi nada de interessante. A cidade foi destruída em 1960 por um terremoto e, ao meu ver, os moradores não se deram ao trabalho de reconstruí-la da maneira devida, assim que o que mais se ver pelas ruas são prédios tortos e perigosamente pendentes. Passei também por Panguipulli, uma cidadela no meio do nada. Não aconselho a ninguém e, se tivesse uma borracha que apagasse a memória, eu compraria ela a preço de ouro. Ademais, a viagem foi legal. Uma baiana, Celi, me acompanhou. Foi muito divertido, pois ela tem um humor muito parecido com o meu.
É isso, pessoal. Bora conhecer Pucon.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Os caminhos de Alice
Um dia, Alice chegou a uma encruzilhada do caminho e viu um gato Cheshire numa árvore.
- Qual dos caminhos devo pegar? - Perguntou Alice.
A resposta do gato foi outra pergunta:
- Aonde você quer ir?
- Não sei - respondeu Alice.
- Então, não tem importância - retrucou o gato.
LEWIS CARROLL, Alice no País das Maravilhas
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Um mês agora
Mas como disse, já estou adaptado. Já falo espanhol super bem, consigo me comunicar sem problema, xingo em chileno e peço para o tio do microônibus me levar por menos, com um acento que a pessoa pode jurar que passei toda minha vida no chile. Só ainda não consigo falar tão rápido quanto eles, mas já aspiro o s das palavras e consigo me fazer entender por qualquer um. Muitos que me encontram agora, pela primeira vez, ficam impressionados com meu acento chileno. Enfim, descobri que sou ótimo para copiar um acento específico. Bem, uma coisa é boa, para esse ano já começo o ano falando uma língua nova, de maneira decente. Esse ano quero também começar a estudar uma terceira língua. Elegi o francês, pois acho que é uma língua bonita. Desafio para 2009: apromirar o inglês, dar um gás no espanhol e começar com o francês. Sempre planejei falar umas 4 ou 5 línguas, acho que estou no caminho. Gostaria de aprender alemão, mas me parece muito difícil. Quando o Augusto voltar, talvez eu faça umas auals particulares com ele. E o Betinho também, daí vou falar italiano também. Uma coisa é certa, não há melhor maneira de se aprender uma língua do que na confusão da convivência.
Um mês então para matar a saudade das coisas do Brasil. Prometo que vou comer churrasco durante toda uma semana, nunca mais vou reclamar da comida da minha mãe e vou dar graças a deus se minhas camisas voltarem a ter a cor branca. Ficar longe de casa cansa. Na próxima semana troco de casa de novo, é a quarta troca de casa, durante essa curta estadia. Para mim, isso é um transtorno, não que eu não goste de mudar, mas é como se adaptar sempre de novo, descobrir qual o ônibus deve-se tomar, fazer amizade com o tio do armazém da esquina, tudo isso. Mas já falei para o pessoal da aiesec que se eles resolverem me trocar de novo de casa, pego o primeiro vôo de volta para o Brasil. Só estando longe que a gente sente saudade das pequenas certezas da vida. Mas logo estou de volta. No final de semana acho que vou para o sul do chile.