domingo, outubro 11, 2009

o pão nosso de cada dia

Estou numa onda natureba, eliminando calorias e simplificando a vida, que para complicar é fácil e como o que nos fascina é o difícil, here we go. Bem, fui no mercado comprar uma farinha para fazer pão em casa - sim, meninas, sou muito prendado - tudo bem, achei a farinha tudo (um kg que deu para fazer pão que vai durar até o natal, diga-se de passagem), mas um fato que constatei foi que o corredor das farinhas encolheu, ou eu que cresci demais. Lembro que na minha infância, nos idos do mercado Real em Santa Maria, a sessão de farinhas era enorme, assim como a de feijão e de arroz. Pois sim, no mercado que compro - a sete minutos de distância aqui de casa - na prateleira de farinhas encontrei só pacotes de um kg. Isso é um reflexo do estilo de vida moderno. As pessoas não fazem mais seu próprio pão e, quando fazem, a escala é muito menor, uma vez que as famílias tem diminuido paulatinamente. Ou seja, pacotes de 5 kg de farinha, no more, babe. Fiquei matutando essa idéia. Interessante isso, gostaria que as pessoas fizessem mais sua própria comida e fossem mais criativas ao invés de assumir enlatados e coisas prontas toda hora. Tudo bem, não temos tempo. Mas enquanto não temos tempo para isso, muitas outras coisas acontecem em nossa vida para encurtá-la. Como perder horas discutindo e escrevendo na internet. O pão nosso de cada dia é cada vez menos nosso e mais dos outros. Viva a padaria alheia. By the way, meu pão ficou ótimo.